Conforme prometi ontem, na aula, estou postando dois docs que foram indicados por leitores do blog: o Rafael Sonda e o Marcelo Merlak.
O Rafael é meu sobrinho, mora em São Paulo e está se formando em Direito na USP. Ele assistiu recentemente ao curta 69 - Praça da Luz. O filme não é indicado para menores de 18 anos, mas acho que na nossa turma o mais novo é o Maycon né e ele já fez 18 faz tempo (rsrsrs).
Praça da Luz (leia aqui a ficha completa) mostra "prostitutas de idade avançada que ganham a vida na Praça da Luz, em São Paulo. Relatos inusitados e surpreendentes de cinco mulheres que revelam em detalhes suas experiências em todos esses anos de profissão". Assista!
Pesado né? Pois esse doc da Carolina Markowicz ganhou uma série de prêmios, entre eles o de "Melhor Documentário no Festival do Rio 2008".
Este outro documentário é "A Ponte", dirigido por Roberto Oliveira. O filme tem 42 minutos e mostra a situação de desigualdade na periferia de São Paulo. "O Rio Pinheiros divide os pobres dos ricos".
Não gosto muito desse tipo de doc - ideológico demais - mas ele é bem produzido. Vale a pena assistir! O Marcelo Merlak, que deu a dica, foi aluno do curso de Jornalismo aqui da FAG.
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
"Jornalista e documentarista", dica da @nahsartorato
A Nathália, aluna sempre atenta, nos indicou um texto bem legal do Caio Cavechini publicado hoje no blog do "Profissão Repórter" (ôpa, estamos no caminho certo!). Ele fala sobre a fina distância entre o trabalho do jornalista e do documentarista.
Foi muito bom a Nath ter mandado essa dica. Nesta quinta - se os "santos documentaristas" ajudarem - teremos aula de Documentário Jornalístico e o tema será exatamente esse: o que é documentário? Qual a diferença entre documentário e grande reportagem?
Eu não gosto de polêmicas, apesar de ser primo-irmão das ditas cujas. Mas a parte que eu mais gostei do texto do Cavechini foi esta:
"Gramado esse ano teve bons documentários; documentários bebendo na fonte da ficção, pra contar melhor as histórias; e a ficção bebendo na fonte do documentário, pra que as histórias sejam absorvidas como mais verossímeis".
Vamos lá, bebam em uma fonte qualquer e fiquem esperto para a aula desta quinta :)
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Geada Negra, no CineSesc
Nesta quinta, a aula de Documentário Jornalístico, disciplina do curso de Jornalismo da FAG, não foi no bloco 2 da faculdade. Foi no Sesc, no centro de Cascavel. Saímos numa pequena caravana e aproveitamos o evento CineSesc, que estava exibindo um documentário totalmente paranaense, Geada Negra. Assista ao trailer.
Foi uma coincidência, a exibição do filme quase na hora da nossa aula - cabe aqui um agradecimento à prof. Ana Valério, que liberou a turma na metade da aula dela. E outra coincidência foi que o assistente de direção de Geada Negra é Danilo Pschera. Muito amigo meu. Um cara gente boa, que só não é totalmente feliz porque um dia, ou uma noite, o gato dele pulou do sétimo andar do apartamento, quando ele, Danilo, era editor aqui na TV Oeste, em Cascavel - mas isso é outra história. Hoje o Danilo tá em Londres, estudando documentário.
Essa foto aí em cima é pra encher o Danilo de orgulho. Sala lotada para assistir Geada Negra. Confesso que eu também fiquei surpreso com tanta gente. Eram alunos, além dos meus, do curso de Artes da Unipan. E ficaram todos lá, durante os 50 minutos de exibição!
Depois do filme, fizemos um debate. Tá, não foi exatamente um debate. Eu falei, o Vander Colombo falou, o professor da Unipan falou e um figura muito interessante, que eu não sei quem é, também falou. Eu disse - e o Danilo vai entender - que não gostei do filme. Achei muito quadrado, jornalístico demais. Faltou o toque de autor.
Essa foto aí é a turma do sexto período de Jornalismo da FAG com o Vander Colombo, logo após a exibição do filme. Na verdade, é parte da turma. A maioria preferiu outros programas do que assistir ao filme. Isso, confesso, é uma coisa que eu não entendo. Mas, não entendo tantas coisas quem nem ligo mais para essas. Foi uma noite legal.
Foi uma coincidência, a exibição do filme quase na hora da nossa aula - cabe aqui um agradecimento à prof. Ana Valério, que liberou a turma na metade da aula dela. E outra coincidência foi que o assistente de direção de Geada Negra é Danilo Pschera. Muito amigo meu. Um cara gente boa, que só não é totalmente feliz porque um dia, ou uma noite, o gato dele pulou do sétimo andar do apartamento, quando ele, Danilo, era editor aqui na TV Oeste, em Cascavel - mas isso é outra história. Hoje o Danilo tá em Londres, estudando documentário.
Essa foto aí em cima é pra encher o Danilo de orgulho. Sala lotada para assistir Geada Negra. Confesso que eu também fiquei surpreso com tanta gente. Eram alunos, além dos meus, do curso de Artes da Unipan. E ficaram todos lá, durante os 50 minutos de exibição!
Depois do filme, fizemos um debate. Tá, não foi exatamente um debate. Eu falei, o Vander Colombo falou, o professor da Unipan falou e um figura muito interessante, que eu não sei quem é, também falou. Eu disse - e o Danilo vai entender - que não gostei do filme. Achei muito quadrado, jornalístico demais. Faltou o toque de autor.
Essa foto aí é a turma do sexto período de Jornalismo da FAG com o Vander Colombo, logo após a exibição do filme. Na verdade, é parte da turma. A maioria preferiu outros programas do que assistir ao filme. Isso, confesso, é uma coisa que eu não entendo. Mas, não entendo tantas coisas quem nem ligo mais para essas. Foi uma noite legal.
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
O que é documentário?
Nesta quinta teremos a 2ª aula de Documentário Jornalístico, no 6º período do curso de Jornalismo da FAG. Dessa vez o encontro vai ser em sala de aula (a estreia foi no auditório, com direito a telão e som de cinema! e foi bem legal!).
Mas, agora, é hora pensar um pouco. Pra começar, vamos tentar entender o que é documentário e quais as diferenças entre esse gênero e uma grande-reportagem, por exemplo. Fácil, não? Seria, se os teóricos não tivessem se metido na conversa (rsrs).
O livro de apoio para essa aula será Espelho Partido, de Silvio Dá-Rin. Mas escolhi três textos muito bons que vão nos ajudar a entender o que é documentário. Logo abaixo, destaco trechos desses textos, respectivamente linkados para os artigos originais. Leiam, naveguem, divirtam-se:
O termo documentário foi utilizado pela primeira vez nos anos 20 pelo sociólogo John Grierson no jornal The New York Sun ao comentar os filmes de Robert Flaherty. Nessa publicação definiu o gênero documentário como o “tratamento criativo da realidade”.
O gênero documentário não pode ser definido a partir da presença de determinados enunciados esteriotipados ou de tipos textuais fixos (narração, descrição, injunção, dissertação). No entanto, não temos dúvidas que o documentário é um gênero com características particulares, e são essas características que nos fazem apreendê-lo como tal.
Neste artigo, apontamos cinco características definidoras do documentário como gênero jornalístico: seu caráter autoral, o uso de documentos como registro, a não obrigatoriedade da presença de um narrador, a ampla utilização de montagens ficcionais e uma veiculação praticamente limitada aos canais de TV educativos ou por assinatura.
Mas, agora, é hora pensar um pouco. Pra começar, vamos tentar entender o que é documentário e quais as diferenças entre esse gênero e uma grande-reportagem, por exemplo. Fácil, não? Seria, se os teóricos não tivessem se metido na conversa (rsrs).
O livro de apoio para essa aula será Espelho Partido, de Silvio Dá-Rin. Mas escolhi três textos muito bons que vão nos ajudar a entender o que é documentário. Logo abaixo, destaco trechos desses textos, respectivamente linkados para os artigos originais. Leiam, naveguem, divirtam-se:
O termo documentário foi utilizado pela primeira vez nos anos 20 pelo sociólogo John Grierson no jornal The New York Sun ao comentar os filmes de Robert Flaherty. Nessa publicação definiu o gênero documentário como o “tratamento criativo da realidade”.
O gênero documentário não pode ser definido a partir da presença de determinados enunciados esteriotipados ou de tipos textuais fixos (narração, descrição, injunção, dissertação). No entanto, não temos dúvidas que o documentário é um gênero com características particulares, e são essas características que nos fazem apreendê-lo como tal.
Neste artigo, apontamos cinco características definidoras do documentário como gênero jornalístico: seu caráter autoral, o uso de documentos como registro, a não obrigatoriedade da presença de um narrador, a ampla utilização de montagens ficcionais e uma veiculação praticamente limitada aos canais de TV educativos ou por assinatura.
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